Atualmente os pets são considerados membros da família, com isso muitos cuidados estão sendo destinados a eles. Isso pode trazer inúmeros benefícios à saúde dos animais como: cuidados de higiene, imunização, além de acompanhamentos periódicos aos médicos veterinários. No entanto, surgem muitas crenças sobre a alimentação dos animais, baseados em conceitos da nutrição humana.
Um exemplo disso é em relação ao consumo de sódio presente no sal de cozinha. Segundo o Ministério da Saúde o consumo de sódio pelos humanos deve ser controlado afim de se prevenir quadros de retenção de líquido e hipertensão arterial. Por outro lado, na nutrição de cães e gatos, isso não acontece, visto que esses toleram quantidades elevadas de sódio sem apresentarem alteração em pressão arterial.
A quantidade de gordura na dieta também é um assunto que causa discussão entre os tutores e os médicos-veterinários. Muitos tutores acreditam que dieta rica em gordura traz malefícios aos pets, e muitas vezes quando fornecem dieta caseira não adicionam nenhum tipo de óleo. Mesmo que a intenção seja boa isso traz prejuízos a saúde dos animais, pois eles precisam de gordura, e tipos específicos de gordura como o ácido araquidônico, linoléico e linolênico que são encontrados em óleos e sua deficiência pode trazer alterações principalmente na pelagem e na pele.
Muitos tutores acreditam que existem muitos benefícios associados ao fornecimento de “alimentação natural” para os pets, na qual são escolhidos ingredientes habituais de consumo humano para seus animais. Muitos escolhem por acreditarem que isso é mais saudável do que um alimento comercial destinado a nutrição animal. Até o momento, não existe nenhuma comprovação cientifica que isso é melhor. Pelo contrário, se a dieta não for balanceada, ou seja, se a escolha dos ingredientes for feita de forma aleatória sem pesar e calcular os nutrientes, os malefícios são enormes dentre eles o animal pode desenvolver deficiências ou excessos nutricionais graves que podem fazer com que os animais quebrem os ossos, por exemplo.
Texto escrito por:
M.V. Dra. Mariana Porsani